Disse Pablo Neruda, poeta chileno: "Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio coloca as ideias". Pode não parecer, à primeira vista, mas essa frase é tão rica em significado quanto se possa imaginar.
Nesse pequeno conjunto de palavras existe um universo de metáforas e uma delas me chamou a atenção com mais intensidade. Após ler essa frase entrei em uma espécie de transe pensante, profunda reflexão, que me levou a uma observação óbvia mas nem tanto. Por que faço ou não faço o que faço ou não faço?
Todos os dias somos bombardeados com escolhas, impasses, problemas, dúvidas e temos que respondê-las geralmente fazendo ou deixando de fazer ou falar algo. Algumas escolhas são tão triviais como qual par de meias usar (se é que conseguirei encontrar um par), algumas ficarão conosco durante mais tempo como a cor do sofá novo, o nome do nosso animal de estimação, e existem também aquelas que, possivelmente, nos acompanharão para o resto de nossas vidas, como por exemplo, a escolha de nossa carreira, a compra da casa própria, o nome do nosso filho...
Assim como escrever, viver é fácil. Nós nascemos e morreremos, no meio fazemos escolhas. Escolher, por sua vez, é perder sempre! Sempre que escolhemos algo perderemos aquilo que não escolhemos.
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