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sábado, 17 de novembro de 2018

Anarquia não é Baderna

Esse não é um texto filosófico. Não sou filósofo e não tenho a pretensão de ser. Mas, trata-se de um texto simples oriundo de uma preocupação acerca da manipulação mal-intencionada de alguns conceitos históricos.

Mais cedo ou mais tarde, ficamos cientes de que nem tudo o que nos contam é verdade. Entre o fato e a versão, o que nos apresentam quase sempre é a versão, como diria Frei Beto (nunca li nenhum livro dele, admito, apenas vi um texto dele num jornal, de 2001, sobre a história oficial e o fato histórico).

Sobre essa manipulação mal-intencionada, vi várias vezes em telejornais os âncoras se referirem a baderneiros como anarquistas. Fui ler sobre anarquia e vi que nenhuma ligação há entre a anarquia, movimento político e social, com a baderna, a qual se quer associar os anarquistas.

Ao contrário da quebradeira promovida por baderneiros, os anarquistas buscam a colaboração entre os indivíduos, sem imposição da autoridade. Ou seja, arrebentar vitrines e agências bancárias não faz parte desse movimento. Infelizmente, quem tem mais alcance planta as mentiras que quer e quando muitos acreditam na mentira, a opinião é mais importante do que a verdade.

Atos de terrorismo também jamais podem ser associados aos verdadeiros anarquistas. Quem pratica esses atos está automaticamente agindo contra os princípios do anarquismo. Por que? Ora, se o objetivo é a colaboração espontânea entre os indivíduos sem imposição de autoridade, qualquer ato de violência estaria fadado a corromper essa ausência da imposição, pois a violência constrange e jamais liberta.

Já cheguei a escutar que a anarquia é a bagunça de um mundo sem regras. Ao contrário, os anarquistas adoram as regras e elas é que devem orientar a conduta do cidadão. Porém, fora da anarquia as leis são verticais, isto é, são impostas por uma oligarquia que subjuga a maioria. As leis na visão anarquista devem ser horizontais, construídas com a participação de todos e não apenas de alguns privilegiados que representam em número um percentual irrisório da população.

Um documentário em uma TV tentou explicar o que era anarquia. Infelizmente, os responsáveis pelo produto deram a sua pitada escandalosa de manipulação da informação. Ao final do programa um marionete representando os anarquistas do século XX grita: "sem Deus, sem pátria, sem patrão". O que não deixa de ser hilário, mas também preocupante quando se vê que a única intensão dos responsáveis era a de assustar as pessoas com as velhas histórias sobre "pessoas que não acreditam em Deus", "aqueles que querem o fim da nossa pátria", ou "eles querem tomar as fábricas de seus donos originais, daqueles cuja vontade de Deus foi ter aquela fábrica para nos dar empregos".

Assim, vão construindo uma imagem para o anarquismo, ao passo que vão desconstruindo conceitos originais, distorcendo fatos e inventando verdades. E fica uma pergunta final: para quem esse serviço é prestado?


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sábado, 14 de julho de 2018

Inadequate and Adequate Ideas of Mind Inside The Ethics

This work presents the inadequate and adequate ideas of mind inside The Ethics, wrote by Dutch philosopher Benedictus Spinoza (1632 - 1677). We began from ontological fundamentals, known as Substance (God), attributes and modes, and we explained God as the indwelling cause for all things, and it consists of infinite properties, which expresses his eternal and infinite essence. The modes are emotions of God. In this manner, we had concluded: God, attributes, and modes are ontologically linked in one unique unity. The humans are admitted as one finite mode of God because they are constituted of mind and body, the finite modes of properties of thinking and extent. Because they are a finite mode, humans are determined by external causes and are subject to the meet emotions, where happens the exchanges of sad and happy emotions, compositions and decompositions, and so, the human action power is augmented or diminished. The body is the object of the idea that constitutes the mind and this is the idea of the body. Mind and body form the unity of the human being. The relationship between mind and body are simultaneous, this is, they act and suffer at the same time. What happens to the body, for it can affect and can be affected by the meet, the mind realizes with the idea about emotions. However this knowledge is inadequate because it belongs to the first genre of knowledge, that is the imagination, which knows only the effects of relations. In this way, we showed, throughout the problematic of inadequate ideas, alternatives for the human being conceives the adequate ideas. The adequate ideas are found in the second genre of knowledge, that is the reason, which has his fundament in the common notions, this is, what exists equally in the part and in the whole. By the second genre of knowledge, we know the causes of compositions and decompositions of a relationship. By the third genre of knowledge (intuition), we know the essence of the singular things. The way to conceive the adequate ideas is not, however, by the avoiding of meets, but by the approximation them, and so to know the causes of compositions and decompositions of relationships.

Renata Oliveira

Leia Encontros com a Velha Amiga - Na Cafeteria

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

A não política

A definição de politica já é bem conhecida, pelo menos para aqueles que um dia tiveram algum interesse em saber.
Mas a não-política é mais abrangente, tem variadas facetas, e pode se esconder até por trás de políticos profissionais.
Essa guerra fajuta da direita contra a esquerda, onde uma parte ataca a outra das maneiras mais indecentes possíveis, jamais vai ser considerada  política. Mas essa seria uma face da não-política?
Se considerarmos que política é a discussão de ideias para bem governar um país, vemos que a crítica ofensiva com o único propósito de rebaixar o outro não pode ser política.
Mas para chegar a ser não-política é preciso mais. É preciso desarrumar a política, impedir ou dificultar a ação e o alcance da política.
Por outro lado, quando entendemos que o real propósito da guerra-teatro promovida por grupos oriundos de uma mesma elite cismada é simplesmente desviar da política a atenção de todos, concluímos que ela cumpre o requisito para ser a não-política.