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segunda-feira, 29 de junho de 2015

O Prego

Era um prego, não se podia negar. 

Um prego, uma vez enfiado na parede, haja esforço para tirar-lhe de lá! 

Mudar de posição? 

Para quê? 

Prego não muda de posição assim do nada. Não... 

Por isso é que eu admiro certo cara que se dizia ser uma metamorfose ambulante. 

Porque, opinião formada é até bonito, mas ser prego, ninguém merece.

A Câmara, os Aposentados e as Eleições do Ano que Vem

Ninguém pode negar que a principal (e talvez a única) preocupação de muitos (será que digo como o Cid Gomes disse?) políticos brasileiros é a eleição. A eleição é o que governa as ações de uma parcela considerável de políticos, e não estou falando somente daqueles políticos que se candidatam a cargos eletivos. Estou falando também dos políticos que nem se candidatam e nem ocupam cargos eletivos.

Escolas de qualidade, saúde, transporte, estradas, assistência social, crescimento econômico, isso tudo é alegoria para muitos. O foco é garantir a eleição do ano que vem. E, nada mais conveniente do que aprovar uma medida populista, com a qual os trabalhadores em geral simpatizarão muito. Aí os possíveis candidatos e seus apadrinhados poderão esbravejar ano que vem: "nós votamos a favor a favor da emenda que vincula o reajuste do mínimo às aposentadorias. Infelizmente, esse governo que está aí para sufocar o trabalhador e a classe média vetou nossa emenda..."

Claro, isso se o Senado da República não chamar a responsabilidade para si, fazendo uso da sobriedade política. Mas, deve haver senadores também preocupados com as eleições vindouras. Então, provavelmente caberá ao governo a atitude antipática de vetar uma emenda tão caridosa com o povo. E para o Senado tem o agravante de serem bem menos em número do que a câmara de deputados.

Se a vinculação da emenda da MP 672 estivesse valendo para este ano, o impacto seria de quase R$ 5 bi, segundo Ministro da Previdência, Carlos Gabas. Claro que, se pensarmos no desvio de R$ 21 bi da Petrobrás, essa conta do ministro vai soar como uma afronta, pelo menos para o cidadão médio brasileiro. Porque o que esse cidadão vai pensar é o seguinte: a Previdência diz que não tem dinheiro para arcar com essa despesa adicional de menos de cinco bilhões, mas o nosso dinheiro corre desenfreado no rio de corrupção".