Por Marcos Rodrigues Pinto *
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Hoje, 13 de fevereiro de 2017, estava passando pelo bairro Damas e tive o prazer de ver uma cena comum, mas cheia de significado. Ali perto de uma esquina com a avenida João Pessoa, vi saindo de uma casa um rapaz de uns 30 anos e olhos de serenidade. Na porta, por trás de uma grade já fechada, vi uma senhora, de cabelos brancos, e olhos de preocupação.
O rapaz, já de costas para ela, ajeitou seu chapéu de massa preto e seus óculos de grau em armação preta e desceu os três degraus que separam a porta de casa e a calçada na rua. Ele abriu o pequeno portão de um muro que mal chega à cintura e foi-se pela calçada. Sua camisa vermelho-vinho de mangas longas, sua calça jeans e sapatos estilo social nos diriam que provavelmente estivesse a caminho do trabalho. O detalhe do chapéu e dos óculos poderiam nos permitir a aposta de que aquele rapaz fosse professor de história ou de língua portuguesa, mas aí já seria especulação.
Então, vamos voltar à senhora, com olhos doces e preocupados, olhando as costas do filho e balbuciando alguma coisa, talvez uma oração, talvez simplesmente um "Deus te proteja meu filho", mas eu realmente não saberia dizer. À medida que o rapaz avançava pela calçada para longe do campo de visão daquela senhora, mais ela se comprimia na grade, tentando acompanhar o filho com seus olhos de proteção.
Ninguém me disse que aquela senhora era mãe daquele rapaz. Mas mesmo assim, ao ver aquele belo e maravilhoso olhar, compreendi que aqueles eram os olhos da mãe.
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Hoje, 13 de fevereiro de 2017, estava passando pelo bairro Damas e tive o prazer de ver uma cena comum, mas cheia de significado. Ali perto de uma esquina com a avenida João Pessoa, vi saindo de uma casa um rapaz de uns 30 anos e olhos de serenidade. Na porta, por trás de uma grade já fechada, vi uma senhora, de cabelos brancos, e olhos de preocupação.
O rapaz, já de costas para ela, ajeitou seu chapéu de massa preto e seus óculos de grau em armação preta e desceu os três degraus que separam a porta de casa e a calçada na rua. Ele abriu o pequeno portão de um muro que mal chega à cintura e foi-se pela calçada. Sua camisa vermelho-vinho de mangas longas, sua calça jeans e sapatos estilo social nos diriam que provavelmente estivesse a caminho do trabalho. O detalhe do chapéu e dos óculos poderiam nos permitir a aposta de que aquele rapaz fosse professor de história ou de língua portuguesa, mas aí já seria especulação.
Então, vamos voltar à senhora, com olhos doces e preocupados, olhando as costas do filho e balbuciando alguma coisa, talvez uma oração, talvez simplesmente um "Deus te proteja meu filho", mas eu realmente não saberia dizer. À medida que o rapaz avançava pela calçada para longe do campo de visão daquela senhora, mais ela se comprimia na grade, tentando acompanhar o filho com seus olhos de proteção.
Ninguém me disse que aquela senhora era mãe daquele rapaz. Mas mesmo assim, ao ver aquele belo e maravilhoso olhar, compreendi que aqueles eram os olhos da mãe.
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*Autor de Por Quanto Tempo Mais, entre outros.
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