Muitas pessoas, mas principalmente as mais ingênuas, costumam confundir nível de instrução com inteligência. E, em um país credencialista como o Brasil isso ganha eco até mesmo no meio de pessoas as quais aparentemente não se pode considerar como estúpidas. No entanto, há um sem número de exemplos que mostram que o nível de instrução que um indivíduo recebe não é nem de longe algo que se possa considerar proporcional a sua inteligência.
Exemplos de pessoas com pouca ou nenhuma instrução que mostram uma inteligência fenomenal são facilmente encontrados tanto no Brasil quanto no exterior. No entanto, o contrário, isto é, pessoas com alto nível instrucional e com uma inteligência duvidosa são casos mais discretos, porque, quem percebe isso, em geral fica calado. Não há porque expor o outro ao ridículo de forma gratuita.
No meio dessas pessoas, há também aquelas que se passam por estúpidas, simplesmente para enrolar, tapear, ludibriar outras pessoas.
Isso me ocorreu ao assistir a um pronunciamento de certo parlamentar que comparou a crise do Brasil no ano de 2015 a uma hérnia de disco. Segundo ele, a hérnia de disco seria o PT (partido dos trabalhadores) e a presidente Dilma Rousseff. O nobre legislador afirmou que, ao extirpar o PT e Dilma da Presidência da República, no dia seguinte, o país estaria respirando aliviado, abundariam empregos, haveria uma deflação pelo aumento imediato da produção, entre outras maravilhas.
Tendo em conta o alto nível de instrução do mandatário, pela extrema pobreza de argumentos e total ingenuidade de raciocínio, somente se pode concluir que o mesmo tem a intenção de zombar dos que defendem o impeachment da presidente ou o intuito de fazer as pessoas mais ingênuas e crédulas a aderirem a esse estúpido juízo.
Variedades sobre cultura e sociedade, leis, história e atualidades, educação e entretenimento.
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quarta-feira, 12 de agosto de 2015
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
O Extremo é a Beira do Precipício
Discordo diametralmente de toda e qualquer generalização.
Como disse Maquiavel, "virtù" sem "fortuna" ou "fortuna" sem "virtù" para nada servem.
Como um dos mais fantásticos observadores da condição humana, Maquiavel descreveu muito bem o comportamento das pessoas de forma individual e até coletiva.
Mas não se enganem, não coloquem uma peneira para tapar o sol. Vivemos em sociedade e temos sim os efeitos inegáveis da interdependência.
As nossas escolhas e ações afetam os demais indivíduos na sociedade. E, de forma análoga, somos o tempo inteiro afetados por escolhas e ações alheias.
Não fujamos à nossa responsabilidade dizendo que é cada um por si e aí tudo certo. Isso é tão utópico e leviano como dizer que o indivíduo é simples e puramente produto da sociedade em que ele vive, e que portanto ele não tem responsabilidade nenhuma sobre suas decisões.
Extremos sempre foram e sempre serão perigosos.
Como disse Maquiavel, "virtù" sem "fortuna" ou "fortuna" sem "virtù" para nada servem.
Como um dos mais fantásticos observadores da condição humana, Maquiavel descreveu muito bem o comportamento das pessoas de forma individual e até coletiva.
Mas não se enganem, não coloquem uma peneira para tapar o sol. Vivemos em sociedade e temos sim os efeitos inegáveis da interdependência.
As nossas escolhas e ações afetam os demais indivíduos na sociedade. E, de forma análoga, somos o tempo inteiro afetados por escolhas e ações alheias.
Não fujamos à nossa responsabilidade dizendo que é cada um por si e aí tudo certo. Isso é tão utópico e leviano como dizer que o indivíduo é simples e puramente produto da sociedade em que ele vive, e que portanto ele não tem responsabilidade nenhuma sobre suas decisões.
Extremos sempre foram e sempre serão perigosos.
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